quinta-feira, 6 de março de 2008

Resenha do Show Rita Lee Picnic - 23/02/2008



Com somente 10 min de atraso, adentra ao palco do Chevrolet Hall em Belo Horizonte, a grande figura feminina do rock brasileiro.

Rita Lee Jones Carvalho , mais conhecida como Rita Lee!


Irreverente, já chegou fazendo brincadeiras com os seios e arrancando risos e gritos do público, já extasiados com tamanha energia que a diva emanava.


Primeira música: Flagra!

Não poderia ter começado melhor a apresentação.

Todos cantando em coro as letras da clássica música, de onde estava ( no alto da arquibancada, ao lado direito do palco ) só se via mãos para o alto e ouvia a massa cantarolando com perfeição as letras...

" No escurinho do cinema, chupando drops de anis. Longe de qualquer problema, perto de um final feliz..."


Aos poucos fui observando um fato curioso.

Não era de se espantar que me deparasse com um grande público mais velho, senhoras e senhores, casais na melhor idade, porém o que me espantou um pouco, foi ver crianças de no máximo 10 anos de idade, cantando quase todas as músicas ( salvo as inéditas ), e gritando enlouquecidamente o seguinte nome: "Beto Leeee!!!"

Isso mesmo.

O filho magricela, de aspecto sujo e visual mais roqueiro impossível, estava causando na ala feminina do show, inclusive como citei, nas crianças ( ! ), um grande fascínio. Está certo, Beto é um grande artista. Suas guitarras rasgam o ar, sua empolgação é contagiante. Porém , reconhecer que o filho de Rita Lee é dotado de grande beleza é impossível.


Com grandes momentos, como a versão forró da música "I Want To Hold Your Hand " dos Beatles, em uma paródia hilária com o seguinte trecho: " A cabra gritou mééé...".

Dentre outras músicas inesquecíveis, estavam presentes a engraçadinha "Vingativa" do grupo As Frenéticas.


Enfim, belo e surpreendente espetáculo.


Rita Lee comemora a turnê PicNic, 60 anos de idade e 40 anos de carreira.


É a vovó que todos gostariam de ter.


Com uma jovialidade e disposição fora do comum, a Tia Rita prova que enquanto estiver viva o Rock brasileiro nunca acabará.




Nota: 9.0 / 10.0